Torre da Uesc ganha tom azul para lembrar mês de Conscientização do Autismo
Para marcar o mês de Conscientização do Autismo - cuja Dia Mundial é 2 de abril, a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) terá o Edifício José Haroldo Castro Vieira (Torre Administrativa), iluminado com a cor azul durante todo o mês. O objetivo é chamar a atenção para a campanha mundial, que neste ano traz o tema: “Mais informação, menos preconceito”.
O “Abril Azul” é comemorado todos os anos como um mês dedicado à conscientização sobre o autismo. Monumentos pelo Brasil e em todo o mundo são iluminados com a cor usada hoje para representar o espectro, e diversas campanhas expõem conceitos básicos e dicas para evitar o capacitismo no dia a dia.
A data foi definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para difundir informações, valorizar a importância do diagnóstico, além de conscientizar e mobilizar ações e atividades referentes ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), reduzindo o preconceito e a discriminação.
“A torre administrativa da Universidade será iluminada de azul durante esse mês de abril em sinal de inclusão e solidariedade ao tema da campanha, em apoio à Associação de Pais e Amigos do Autista de Itabuna (AMA)”, salienta o reitor Alessandro Fernandes.
O professor Martín Roberto del Valle Alvarez (DCB/Uesc), membro da Associação, assinala que existe na Uesc uma comunidade de autistas em todos os segmentos: estudantes, servidores técnicos e professores.
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento e, ao contrário de pessoas com outras síndromes, o autista não possui características que podem ser identificadas pelo olhar. Por isso, o autismo é considerado uma deficiência invisível e é comum autistas com baixa necessidade de suporte ouvirem a expressão: “nem parece autista”.
A frase é capacitista e equivocada justamente porque, além de não existirem características físicas que ajudam a identificar o autista, o autismo é um espectro, daí o termo médico Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Portanto nenhum autista é igual ao outro e cada um vai representar a diversidade do transtorno de forma única. Ninguém ‘parece autista’. Apenas é”, sentencia o professor Alvarez.